domingo, 27 de julho de 2014

[RESENHA] "A ESCOLHA", DE KIERA CASS

Livro: A Escolha
Série: A Seleção #03
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Onde comprar: Buscapé
A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida.

America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, America percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer.

Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.

Resenhas | Série “A Seleção”


   


A trilogia "A Seleção" chegou ao fim e finalmente saberemos o desfecho dos personagens (os amáveis e os detestáveis). Somente quatro garotas continuam na disputa e o nervosismo está à flor da pele, tanto para Maxon que precisa fazer a escolha, quanto para as garotas que - cada uma com seu próprio motivo - querem tornar-se a esposa do príncipe. Com tão poucas selecionadas na disputa, agora podemos conhecer melhor cada candidata e descobrir coisas surpreendentes sobre as mesmas.

America começa parecendo ter feito sua decisão entre Aspen e Maxon, mas então novamente algumas brigas acontecem e ela volta a questionar-se sobre quem ela realmente quer.

Além disso, suas inseguranças continuam. Nossa protagonista não se acha boa o suficiente para o posto de princesa e por vezes a vemos comparando-se as outras três; ela não sabe o quando está errada. Não acho que as outras três poderiam ser melhor princesa - e consequentemente rainha -, do que ela, apesar dela ser tão irritante. As outras não tem a coragem de America, que não pensa nas consequências quando tem que proteger quem ama ou quando faz algo para o bem do país.
"— Não tentei bancar a heroína. Na verdade, na maior parte do tempo não me sinto nem um pouco corajosa.
— E daí? Não importa o que você pensa do seu caráter. Só importa o que você faz com ele. Você, mais que as outras, faz o que é certo antes de pensar nas consequências para si mesma. Maxon tem outras ótimas candidatas lá em cima, mas elas não sujariam as mãos para mudar as coisas. Não como você."
Maxon está particularmente chato. Ele perdeu a confiança em America, até ai tudo bem, mas não concordo com algumas ações dele em relação a ela. Parecia um garoto mimado dizendo "estou cansado de todos me dizendo o que fazer".

Ele não quer fazer uma escolha até ouvir de America um "Eu Te Amo" e ainda sim fica dando esperanças para a sonsa da Kriss. Gostei da postura da America, partindo para “os finalmentes”, confrontando-o sobre suas ações.
"Fiquei paralisada, absorvendo aquelas palavras. Maxon prosseguiu:
— Não sou ele, America. Não pretendo desistir de você.

Balancei a cabeça.

— Você não percebe, Maxon. Ele pode ter me decepcionado, mas pelo menos eu o conhecia. Depois de todo esse tempo, ainda sinto que há um abismo entre nós. A Seleção o obrigou a entregar seu afeto em pedaços. Nunca terei você por completo. Nenhuma de nós terá."
Mas Maxon tem outros problemas. Ainda aprendendo como ser um líder ele tem que lidar com o pai tirano e gente, com um pai como o Rei Clarkson, quem precisa de inimigo? Ele controla Maxon e faz o possível para controlar a seleção, mas o príncipe mantém-se firme em sua decisão de deixar America na competição (pelo menos nisso ele é firme).

O Rei está mais presente desta vez e doido para despachar America para a casa, mas para sua surpresa - e desgosto -, ela acaba conquistando o povo de Illéa e conseguindo aliados poderosos, o que o impede de mandá-la embora.
"— Para o bem ou para o mal, o público conseguiu captar um pouco do seu verdadeiro caráter esta noite. Agora eles enxergam a garota que protege suas criadas, que levanta a voz até para o rei quando acha que está certa. Aposto que todos verão com outros olhos o dia em que você correu para ajudar Marlee. Antes, você era apenas a garota que gritou comigo no nosso primeiro encontro. Esta noite, você virou a garota que não tem medo dos rebeldes. As pessoas vão pensar em você de um jeito diferente agora."
Por incrível que pareça Aspen foi o meu personagem favorito. É o único que fez uma escolha e foi firme com ela, sem ficar enrolando ninguém. Aliás, praticamente o livro inteiro vemos ele tentar contar algo importante para America, que nunca dava espaço para o cara. Mais uma enrolação desnecessária.

As questões políticas de Illéa foram o ponto alto da leitura, só lamento que a Kiera tenha deixado mais para o último livro. A participação dos rebeldes nortenhos foi genial, quem iria adivinhar que os "baderneiros" iriam ter um papel tão importante na história? E mais uma vez, graças a ótimas ideias e ao atrevimento de America

Senti falta de conflitos intensos; todo momento eu esperava um bom quebra-pau entre os soldados e os rebeldes do sul, mas só acontecia a mesmice que vimos nos livros anteriores.
"Kriss e eu viramos ao mesmo tempo e enxergamos o uniforme claramente.
— Esperem! É um guarda — ela disse para as outras. Paramos onde estávamos, resfolegando. Finalmente ele nos alcançou, também quase sem fôlego.
— Perdão, senhoritas. Os rebeldes fugiram assim que atiramos. Acho que não estavam a fim de briga hoje."
O livro teve ótimas surpresas, mas tenho que dizer que não gostei do final. Tudo aconteceu rápido demais, como se a escritora tivesse um limite de páginas ou de tempo e ai acabou fazendo o que fez para cumpri-lo. Foi clichê e eu fiquei com cara de WTF? Seria bom um quarto livro para abordar melhor e com mais paciência alguns assuntos, sem toda a enrolação que vimos ao longo da trilogia inteira.

Diferentes da maioria das histórias distópicas por aí, a trilogia "A Seleção" foca no romance, que embora às vezes seja irritante, ao mesmo tempo é adorável e te prende atenção. A história é boa e gostosa, mas sinto que faltou algo e que poderia ter sido melhor construída. Kiera insistiu muito em alguns assuntos e acabou se esquecendo de outros deixando muita coisa para ser solucionada no final, o que não foi bom.

8 comentários:

  1. Já li o primeiro livro e estou louca para ler os outros dois <3 Adorei a resenha, beijos
    http://minhasecretapoesia.blogspot.com.br/

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    1. Os livros dessa série eu devorei em questão de horas, adoro a história que a Kiera inventou, apesar do desenrolar no último livro. Xx

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  2. Achei esse o mais fraquinho dos três, mas essa trilogia me surpreendeu positivamente. Parabéns pela resenha, estou seguindo.
    codinomelizz.blogspot.com.br

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    1. Siim, eu tenho uma história de amor e ódio com essa trilogia. A história é maravilhosa e quando você menos espera lá se foi a leitura toda, porém infelizmente a Kiera não evoluiu durante os livros. Senti que faltou muita coisa. =/
      Fico feliz que tenha gostado da resenha, obrigada por seguir, estou retribuindo! Xx

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    2. Concordo com você! Ela enriqueceu muitos detalhes e esqueceu de outros. Amei e odiei todos os livros, e para o final achei que faltou muita coisa. Como você disse, parecia que ela tinha um numero de paginas limite e paft puft! =(

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    3. Née. Fiquei esperando por explicações, mas os novos livros são todos sobre a Eadlyn. Infelizmente as perguntas que tenho ficarão sem respostas. =/

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  3. Menina, já ouvi falar tanto dessa série que tô doida pra ler!
    Obrigada pela visita.
    http://tudoqueeuli.blogspot.com.br/

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    1. Apesar de alguns pontos chatos sobre o desenrolar da história ao longo da trilogia, eu super recomendo essa série. É tão gostosa de ler, você nem percebe as páginas do livro passando. Xx

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