quarta-feira, 15 de abril de 2015

[RESENHA] "HOLLEN", DE FERNANDO RAPOSO

Nome: Hollen - Anjo Caído
Autor: Fernando Raposo
Série: Hollen (#01)
A corrupção distorceu a utopia criada por Deus. Sem aceitar o advento do homem, Lúcifer, a Estrela da Manhã, engendrou a maior de todas as traições, e uma guerra sem precedentes mobilizou as hostes divinas. Derrotado, uma secessão se fez no Plano Celeste, precipitando a terça parte dos anjos à ruína.

Arrependido de ter se aliado a Lúcifer, Hollen, um anjo caído, clamou pelo perdão. Capturado pelos infernais, foi condenado à morte, sendo lançado no abismo sem fim.

No mais desolador dos cenários, percebeu que suas orações foram ouvidas, recebendo de Deus uma chance de redenção.

Despertando no mundo dos homens, o horizonte se apresentou nebuloso e os trovões romperam as nuvens revelando que uma tempestade se aproximava.

Hollen descobrirá que este novo caminho estará repleto de desafios e que o seu papel nesta rusga entre o Céu e o Inferno vai muito além do que poderia imaginar.

Cruzando as cortinas que separam os mundos físico e astral e as barreiras do tempo, Hollen terá que lutar por sua vida e pela continuidade da obra Divina.

“Destino.
Uma sucessão inevitável de acontecimentos. O destino nos conduz por caminhos que muitas vezes desconhecemos, apresentando-nos eventos e situações da qual nada que existe pode escapar.”
Hollen recebeu uma dádiva confiada a poucos. Na Guerra do Paraíso ele estava entre anjos que apoiaram Lúcifer em sua rejeição a maior das criações de Deus – o Homem -, e junto de todos os seus irmãos que compartilhavam dessa ideia, acabou expulso do Shamayim.

Exilados no Sheol, os anjos-caídos que sobreviviam da energia fornecida pelo amor do Senhor tiveram que arranjar outra fonte de ‘alimento’. Liderados por Lúcifer, eles corromperam Adão e Eva e, com o passar do tempo e crescimento da humanidade, tiraram das dores do Homem a energia necessária para viver.

O Homem é a maior das criações de Deus, a mais amada e por isso é tão odiada pelos caídos. Sendo criaturas tão frágeis, é fácil para os demônios persuadi-los a praticar o mal e manter aquecido de almas pecadoras o Lago de Fogo no Sheol.

Assim como todos os outros, Hollen acatava as ordens de Lúcifer e ajudava a espalhar o caos pelo mundo, no entanto ao longo da história podemos ver o seu caráter interior e assim entender porque ele, dentre tantos caídos, recebeu uma segunda chance do Senhor do Shamayim
“Ajudei a distorcer a criação, agora faço parte deste mundo. Algo me diz que devo ajudar a equilibrar as forças. Algo me diz que este lugar será o meu purgatório. Se um dia eu puder retornar ao Shamayim devo passar por esta provação.”
Hollen foi encarregado de uma missão e poderá retornar ao Shamayim caso consiga cumpri-la, mas essa missão está longe de ser fácil. No início ele não tem ideia do que deve ser feito, já que ninguém veio até ele para dizer-lhe quais são os exatos planos de Deus. No entanto, quando Hollen descobre sobre um plano de Lúcifer - algo realmente grande e maligno -, ele sabe exatamente o que deve ser feito.

Hollen é o tipo de personagem que é forte e decidido. É verdade que, em nome de Lúcifer, ele fez algumas maldades depois de ter sido expulso do Shamayim, mas isso não significa que sentisse prazer quando executava alguma tarefa ordenada pelo Senhor das Trevas. Tudo o que ele mais desejava em sua existência era uma nova chance de Deus, mas jamais imaginou que isso poderia acontecer e, quando finalmente acontece, ele está determinado a cumprir a tarefa que lhe foi dada.
“Acreditei que o meu destino estava definido. Agora, não sei o que esta nova realidade me reserva, mas certamente tive uma nova chance.”
A narrativa de “Hollen” é rica em detalhes e inovação. O autor, Fernando Raposo, soube pegar a tão conhecida história de “Adão e Eva” e o episódio da expulsão de Lúcifer do céu, e inserir novos elementos criando algo novo, com momentos surpreendentes. A história vai além de anjos e demônios, apresentando outros tipos de criaturas que aparecem no caminho do protagonista, seja para ajudá-lo ou tentar matá-lo. Vários personagens aparecem no decorrer das páginas e você nem sempre sabe o que esperar deles. É sim, tive algumas surpresas, mesmo que nem todas fossem tão boas - um acontecimento por si só inesperado ou então um personagem que eu gostava e acaba por fazer algo 'louco'.

O livro tem seus momentos que faz o leitor refletir sobre os feitos da vida e o que nos aguarda após a morte. A leitura foi boa e fluiu muito bem. O desfecho foi satisfatório e deixou um gancho para a sequência, que o autor me informou já estar escrevendo. Dessa continuação eu não sei o que esperar, mas faço minhas suposições.
“Uma certeza me veio como uma verdade absoluta. Não poderia adiar o inevitável. Era chegado o momento do grande acerto de contas. Liberei um grito que estava contido há bastante tempo, revelando a minha revolta contra toda a maldade que estava ao meu redor. Maldade que dividiu o Shamayin, que feriu a criação e que desvirtua a humanidade, que se encontra perdida à mercê de sua própria sorte.”


Para mais informações, entre em contato com o autor do livro, Fernando Raposo:


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