terça-feira, 8 de setembro de 2015

[RESENHA] "A RAINHA VERMELHA", DE VICTORIA AVEYARD

Nome: A Rainha Vermelha
Série: A Rainha Vermelha #01
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Onde comprar: Buscapé

Livro enviado pela Seguinte como cortesia
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

 Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

 Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Resenhas | Série “A Rainha Vermelha”


  



Em “A Rainha Vermelha” Victoria Aveyard nos apresenta a um mundo onde a sociedade é divida pela cor do sangue. Os que possuem sangue prata (chamados de prateados) possuem poderes especiais e estão no topo da cadeia social, enquanto os de sangue vermelho não foram afortunados com esses dons e ocupam a base da sociedade, vivendo maltratados na miséria, quase como escravos.

Mare Barrow, nossa protagonista, não possui emprego, o que significa que quando completar dezoito anos ela será enviada para uma guerra que há anos assola o país de Norta. Embora odeie os prateados que impõem esse tipo de vida ao seu povo, Mare aceita que seu destino será à frente da batalha e enquanto não atinge a maioridade, tenta ajudar sua família do único jeito que conhece: roubando.
“— Tenho um bom emprego — explica, fingindo não ligar.
— Não é o meu caso.
— Mas você é…
— Jovem. Tenho dezessete anos — completo. — Ainda tenho tempo antes do recrutamento.
[...]
— Quanto tempo?
— Cada dia menos.”
Algumas reviravoltas acontecem e, na tentativa de arrumar algum dinheiro para ajudar um amigo, Mare acaba na porta de um bar tentando roubar o máximo que puder. A garota tem mãos leves e é uma batedora de carteira das profissionais, mas para a sua própria surpresa acaba pega no flagra por um prateado. O mais espantoso é que o garoto se mostra gentil e mais do que lhe dar algumas moedas, ele lhe arranja um emprego no palácio onde a família real está temporariamente instalada.

As coisas pareciam seguir seu caminho perfeitamente, até que Mare é colocada para trabalhar no evento onde Cal, o príncipe herdeiro, escolherá sua noiva. No meio da “festa” um acidente acontece e na frente de vários nobres prateados Mare, uma vermelha, descobre que também é dotada de poderes.
“Posso combater as lágrimas, mas não as perguntas. Não a dúvida que cresce no meu
coração.
O que está acontecendo comigo?
O que eu sou?
Enquanto isso um grupo de rebeldes vermelhos (chamados de Guarda Escarlate) ataca e declara guerra aos prateados, visando igualdade para todos. Eles estão espalhando mensagens sobre um novo começo e tentando recrutar vermelhos para essa revolução.

Os prateados já estão agitados com essa afronta e deixar todos saberem que uma garota de sangue vermelho também possui dons poderia gerar um caos na sociedade rigidamente controlada pelo Rei Tiberias, por isso ele decide forjar uma nova identidade para Mare, tomando-a como a filha perdida de um general prateado morto em batalha e tornando-a a noiva de seu filho mais novo, o príncipe Maven.

Por trás disso o Rei Tiberias tem a intenção de usar Mare para controlar os vermelhos, certo de que ouvirão as palavras de uma prateada criada como se fosse um deles. O que o Rei não imagina é que Mare se uniu a Guarda Escarlate e que agora se aproveitará de sua nova posição para ajudar a revolução dos vermelhos.
“É um pesadelo. Vou passar o resto da vida presa, forçada a ser outra pessoa. Forçada a ser um deles. Um fantoche. Um espetáculo para manter o povo feliz, quieto e oprimido.”
“A Rainha Vermelha” chegou fazendo barulho no Brasil e claro que fiquei muito ansiosa para conhecer a história que tantos estavam elogiando, o que no final das contas não foi uma coisa boa. Eu gostei muito da história e em nenhum momento fiquei entediada, mas acredito que minhas expectativas estavam altas demais e acabei com o sentimento de “eu esperava mais”.

Desde o começo Mare se mostrou uma garota esperta e determinada, que sempre consegue se virar diante dos problemas, por isso me espantei pelas vezes em que ela foi ingênua e manipulável. Ela é uma personagem forte e destemida, no entanto tem seus defeitos e também comete erros, o que eu adorei pois isso deixou-a mais humana.

O livro tem um pouco de romance, mas a maior parte acompanha a luta de Mare para sobreviver ao covil de prateados e ajudar a Guarda Escarlate. A narrativa tem muitas surpresas e as características dos personagens são diferentes do que tenho encontrado por aí ultimamente.

Mare desenvolve sentimentos amorosos por Cal, o futuro rei que também parece gostar dela. Ele demonstra ser uma boa pessoa e a ajuda em várias situações, mas não pense que o verá lutar pelas causas dela – como encontramos em outras histórias por ai. Cal sabe que Mare simpatiza com a Guarda Escarlate e deixa bem claro para ela o fato de que fará o possível para acabar com os rebeldes.

O príncipe herdeiro não é uma pessoa má, porém ele é fiel às crenças com a qual cresceu. Cal acredita nas regras que seu pai impõe à sociedade, regras essas que eu achei horríveis e por isso alternei entre amá-lo e odiá-lo.
“Um dia desejei tudo o que ele podia me dar, e agora meu estômago se embrulha só de encará-lo. Cal pode ver o desconforto em meu rosto, não importa o quanto eu tente esconder.
—  [...] O que mudou?
Vi quem você é de verdade, quero gritar. Você não é o guerreiro bondoso, o príncipe perfeito, nem mesmo o garoto confuso que finge ser. Por mais que se esforce para esconder, é igualzinho a todos eles.
Maven foi uma surpresa agradável na maior parte da história. Ele é um personagem surpreendente, apresentado de forma discreta e que conquistou seu espaço ao longo da narrativa. O príncipe mais novo vive na sombra do irmão mais velho e muitas vezes deixa claro sua amargura em relação a isso.

No começo eu desconfiava muito de Maven, até porque nossa própria protagonista tinha um pé atrás em relação a ele. Mas ao longo da narrativa ele cria um vínculo com Mare e faz o possível para ajudar ela e a Guarda Escarlate. Eu me apaixonei por Maven e torci muito por ele e Mare, então o desfecho (que eu não vou dizer, obviamente, para não estragar as surpresas) me deixou bem triste e desejando que as coisas se ajeitem - a favor dos dois - de alguma forma no próximo livro.
— [...] Diferente de Maven. Ele é um príncipe duas vezes melhor que eu.
Penso em Maven, em suas palavras gentis, seus modos perfeitos, seu conhecimento impecável da corte — e em todas as coisas que finge ser para ocultar seu verdadeiro coração.
De fato, duas vezes melhor.
A Editora Seguinte fez um trabalho incrível, arrasando por manter a capa original (que eu amei desde que vi pela primeira vez) e por fazer uma ótima revisão. A fonte e o tamanho das letras do texto também estavam maravilhosos e forneceram uma leitura confortável.

Esse é um livro que recomendo. É verdade que eu esperava mais de “A Rainha Vermelha”, mas ainda assim consegui ter uma leitura rápida, graças a história que me manteve interessada.
“— Este não é seu mundo. Aprender a fazer reverências não mudou isso. Você não compreende nosso jogo. [...] E é por isso que corre perigo, por todos os lados. [...] Todo mundo trai todo mundo.

4 comentários:

  1. Oie! Tenho muita vontade de ler esse livro, estou vendo muitas resenhas positivas e quando eu fui na bienal, praticamente todo mundo do stand da editora estava o comprando! Hahahaha
    Está na minha listinha.
    Bjs,
    http://www.girlfromoz.com.br/

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    1. Primeiramente, VOCÊ FOI NA BIENAL, QUE SORTUDA!!!! Kkkk

      Esse livro tem feito muito sucesso sim. A história é bem envolvente e consegue prender o leitor. O único problema é que de tantos comentários positivos, acabei com as expectativas altíssimas. Sugiro que vá com calma e certamente terá uma leitura prazerosa. ;D

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  2. Amei essa resenha! Li o livro graças a ela, e, para uma apresentação que eu vou fazer na escola eu vou usar ela, posso? Se puder vou agradecer muito!
    Beijos!

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    1. Oláa Débora. Fico muuito feliz de saber que você leu o livro por causa da minha resenha. Espero que tenha gostado da história e continue acompanhando a série. E sim, pode usar a resenha em sua apresentação na escola sim. ;D

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