sexta-feira, 10 de outubro de 2014

[RESENHA] "MAZE RUNNER: CORRER OU MORRER", DE JAMES DASHNER

Nome: Correr ou Morrer
Autor: James Dashner
Série: Maze Runner #1
Editora: Vergara&Riba Editoras
Onde comprar: Buscapé
Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.

Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.

Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

A adaptação cinematográfica do livro estreou há algumas semanas e está fazendo bastante sucesso. Imagino que a essa altura a maioria já saiba o contexto da história.

Um lugar chamado “clareira”, cercado por muros enormes (que servem como portões que se fecham quando a noite chega), no meio de um labirinto gigantesco e moradia de vários garotos de diferentes idades. Os habitantes denominados “clareanos” se estabelecem como podem, dividindo tarefas e fazendo o possível para viver normalmente enquanto tentam (sem sucesso) achar a saída do labirinto.

A organização é impressionante dado ao fato de que eles são um bando de garotos adolescentes, mas também é fácil entender que é preciso um conjunto de regras para que eles convivam em harmonia, do contrário acabarão se matando.

Os personagens são em sua maioria carismáticos, são poucos os que me tiraram do sério e a única coisa que eu realmente odiei foram os tais 'criadores', ou seja, os responsáveis por mandar os clareanos para aquele lugar. Eu adorei a forma como os garotos são tão dedicados e concentrados em seu maior objetivo: deixar a clareira. São anos vasculhando o labirinto, tentando achar uma maneira de voltar para a casa e apesar do surgimento de alguns problemas que faria qualquer um desanimar, eles nunca se deixavam desistir.

Uma das principais regras da clareira é que no labirinto só é permitida a entrada dos corredores, grupo designado a explorar e tentar desvendar o lugar.
"Estrupício, essa é a regra número um, a única que se alguém transgredir jamais terá perdão. A ninguém... a ninguém além dos corredores é permitido entrar no labirinto. Desrespeite essa regra e, se não for morto pelos Verdugos, nós mesmos acabaremos com a sua raça, deu pra entender?"
A vida na clareira tem um padrão. Todo mês “a caixa” entrega um novo garoto e este não possui memória alguma de sua vida passada, exceto pelo próprio nome.

A história começa com a chegada de Thomas. Assim como todos os outros, ele também não se lembra de muita coisa, a não ser por pequenos lampejos de memória que não ajudam em nada com suas várias dúvidas: “Onde ele está?”, “Quem os enviou para lá?”, “Por quê?”.

Thomas sabe que é diferente dos demais. A clareira é um lugar familiar para ele, que sente como se já estivesse estado lá antes. O garoto também é curioso e cheio de vontades, o que pode se tornar algo perigoso, já que quebrar as regras vem com um preço.
"Então Thomas percebeu... como se várias peças de um quebra-cabeça se encaixassem. Ele não sabia como seria a imagem no final, mas as palavras que disse em seguida quase soaram como se saíssem de outra pessoa.
— Chuck, eu... eu acho que já estive aqui antes."
Logo em sua iniciação ao lugar ele descobre sobre os horrores que vaga pelos corredores do labirinto durante a noite. Os temidos verdugos são criaturas horrendas, metade animal e metade máquina, com uma picada que pode ser mortal ou fazer com que a pessoa recupere algumas de suas lembranças sobre o mundo lá fora.

Mesmo após descobrir sobre eles, Thomas não desiste de seu objetivo. Desde que soube o que era um corredor, ele sentiu uma vontade imensa e inexplicável de torna-se um e assim poder entrar no labirinto.

"Sem entender muito bem como, ele sabia o que precisava fazer. A descoberta era estranha e familiar ao mesmo tempo. Mas parecia tão... correta.

— Quero ser um daqueles caras que vão para lá [...] Para dentro do labirinto. [...]

‘Um Corredor’, pensou Thomas. ‘Nem mesmo sei o que isso significa. Será que perdi o juízo?’"
Então a rotina do lugar muda completamente quando um dia após a chegada de Thomas, a caixa entrega mais uma pessoa. Teresa é a primeira garota a ser enviada e traz consigo uma importante mensagem: Tudo vai mudar. Ela é a última.

Coisas estranhas começam a acontecer e os clareamos se veem obrigados a sair de sua zona de segurança. Thomas mostra-se um garoto muito esperto, desvendando coisas que por anos os outros tentaram e nunca conseguiram. Assim, aos poucos ele consegue a confiança e a amizade uns e também a inimizades de outros, que o culpam pelos eventos que começaram a ocorrer após sua chegada.

Sob a liderança de Thomas, os clareamos vão finalmente enfrentar e penetrar no labirinto para encontrar a saída e finalmente ir para a casa. Mas as coisas lá fora podem não ser como eles imaginam e confiar na pessoa errada pode ser fatal.
"— Estou dizendo pra vocês [...] Não podemos voltar para o lugar de onde viemos. Eu vi como era, lembrei de todas as coisas muito, muito medonhas [...] Era horrível... muito pior do que o que estamos passando aqui.— Se ficarmos aqui, vamos todos morrer! — Minho gritou. — É pior do que isto?— Sim [...] É pior. É melhor morrer do que voltar para casa."
Achei o livro bem parado no começo chegando a ser um pouco entediante, mas a história pega o seu ritmo e a partir daí a leitura torna-se mais agradável. O livro te laça e te prende na medida em que as coisas na clareira realmente começam a mudar; a cada novo mistério eu ficava mais animada para continuar e descobrir a resposta.

Outra coisa que eu adorei foi que o autor inovou ao criar um vocabulário diferente para os clareamos, o que foi bom. Expressões como "Cara de Mértila", "Fedelho", "Plong" e alguns outros adicionam um pouco de humor a história, e alivia a narração em meio a tantos problemas e perguntas não respondidas.

Aliás, o que não falta são perguntas sem respostas, mas com certeza essa foi a intenção de James que deixou tudo para os próximos livros. Agora só me resta assistir ao filme e ver por mim mesma se está ou não fiel ao livro.

2 comentários:

  1. Oiiii . Vi o trailler do filme no cinema esses dias e estou querendo muito assistir. Então acho q não lerei o livro (pois me sinto desanimada depois que jah assisti ao filme), mas a história parece ser muito legal. Esse mistério, tentar descobrir quem são eles. Fiquei bem curiosa. Beijoooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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    1. Adorei o livro e logo logo vou ler a sequência. O filme estou indo assistir esta semana, espero que seja tão bom quanto o livro.
      xX

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