segunda-feira, 29 de junho de 2015

[RESENHA] "A HERDEIRA", DE KIERA CASS

Nome: A Herdeira
Autora: Kiera Cass
Série: A Seleção #04
Editora: Seguinte
Onde comprar: Buscapé

Livro enviado como cortesia pela Editora Seguinte
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, a filha mais velha do casal. Criada para ser uma líder forte e independente, ela nunca quis viver um conto de fadas como o de seus pais. Por isso, antes de conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, a jovem está totalmente descrente.

Mas, assim que a competição começa a situação muda de figura, e Eadlyn percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto imaginava.


Resenhas | Série “A Seleção”


   


Quando pensamos que "A Seleção" se limitaria a três livros e alguns contos, eis que Kiera Cass nos surpreende ao anunciar mais dois livros para a série. Sendo uma grande fã da história fiquei extremamente feliz com a novidade, embora com um pé atrás por não saber o que esperar e temendo ter mais do mesmo.

Dessa vez a história é protagonizada por Eadlyn Schreave, a filha mais velha dos gêmeos de America e Maxon, e consequente à próxima rainha de Illéa.

Em seu reinado Maxon eliminou o sistema das castas como prometido e era esperado que a maioria dos problemas acabassem ai, no entanto muitos anos depois as pessoas ainda sofrem com o preconceito devido a sua antiga categoria social.

O rei precisa encontrar uma solução para o problema, mas enquanto isso não acontece o plano é distrair o povo na tentativa de apaziguar um pouco as coisas e é ai que surge a ideia: uma Seleção para escolher um companheiro para Eadlyn.

São trinta e cinco garotos de todas as partes de Illéa que vão para o palácio na esperança de conseguir o coração de sua futura rainha... que não deseja se casar.

A ideia é de Maxon e Eadlyn reluta em aceitar, no entanto ela acaba embarcando no plano com suas próprias ideias diabólicas para assustar os garotos e chegar ao final da seleção sem um marido. O que ela não imaginava é que seria tão difícil manter-se indiferente a eles e vê seu plano ir por água abaixo quando percebe que está se deixando envolver-se com alguns de seus pretendentes.
“Não sabia explicar o motivo, mas tinha certeza de que se permitisse a qualquer um desses garotos cruzar um certo limite de intimidade, os resultados seriam desastrosos. Então por que — por quê — eu não os impedia de chegar perto?”
Desde o lançamento de “A Herdeira” tenho lido muitas resenhas do livro e vi que Eadlyn é uma garota que divide opiniões. A protagonista tem atitudes arrogantes, egoístas e mimadas, e faz questão de sempre lembrar que um dia ela será a rainha. Entretanto, conforme a narrativa avançava, pude conhecer melhor Ead e entender um pouco o porquê de ela agir assim.
“Era mais fácil falar do que fazer. Afinal, quem eu era? Metade de uma dupla de gêmeos. Herdeira de um trono. Uma das pessoas mais poderosas do mundo. A maior distração do país. Nunca apenas filha. Nunca apenas garota.”
Conhecemos America e Maxon e por isso sabemos que seus filhos cresceram com amor, no entanto Eadlyn teve uma educação diferenciada. Desde os seus treze anos que ela acompanha de perto o trabalho de seu pai, pois ela cresceu tendo que aprender como governar um reino, enquanto observava seus irmãos viverem sem grandes responsabilidades.

A princesa cresceu e tornou-se uma pessoa independente. Eadlyn tem em sua cabeça que não precisa de um homem ao seu lado para governar e também que não deve jamais demonstrar fraqueza em frente às pessoas. Ela guarda seus sentimentos para si (são poucas as pessoas com quem ela consegue desabafar) e teme que estranhos se aproximem e a conheçam de verdade.
“Queria ser responsável pelo meu caminho. Pensei se essa não seria a razão para eu ter erguido uma muralha à minha volta: talvez eu sentisse medo de que alguém cruzasse essa barreira e tomasse o controle da minha vida.”
No entanto essa atitude de Eadlyn está se tornando um problema e o plano da Seleção começa a falhar. Todas as atenções estão voltadas para Eadlyn, como era desejado, porém seu medo de deixar as pessoas verem quem ela realmente é está fazendo com que ela pareça uma pessoa fria e pouco preocupada com Illéa.

Maxon fez muitas coisas em seu reinado e sua aparência apresenta cansaço, o que faz todos supor que Eadlyn logo deve assumir o trono e a última coisa que a população quer é uma rainha que não liga para o bem estar de seus súditos. Esse é mais um desafio para a princesa, mostrar a todos que ela não é quem eles pensam e sim, ela pode ser tão boa governante quanto o pai.

Dos Selecionados há pelo menos três ou quatro candidatos fofos, mas não tem jeito, desde o primeiro momento shippei Eadlyn com Kile, Selecionado e filho de Marlee. Eles cresceram juntos e não se suportavam, mas a Seleção acabou por aproximá-los e permitiu a eles se conhecerem mais ainda.
“Eu não acreditava que tinha precisado de tantos anos para descobrir aquele lado dele. Kile havia se escondido em uma concha [...]. Por trás dos livros e dos comentários ácidos havia uma pessoa curiosa, cativante e às vezes muito charmosa.”
Quanto aos outros personagens, amei conhecer os irmãos da princesa. Ahren (gêmeo de Eadlyn) que está sempre disposto a dar bons conselhos, Kaden com sua inteligência e o pestinha do Osten, um pequeno príncipe que apronta todas. Antigos personagens também aparecem, o que me permitiu saber como estão suas vidas muitos anos depois da Seleção de Maxon e claro, matar as saudades.

A capa segue o mesmo padrão dos outros livros da série e é simplesmente fabulosa. Dos quatro livros eu acho que a capa de “A Herdeira” é a mais bonita (MARAVILHOSA ♥). Não tenho do que reclamar sobre a diagramação e revisão. Não encontrei erros de escrita e a fonte e tamanho da letra possibilitam uma leitura tranquila.

A história é leve e conseguiu prender minha atenção. “A Herdeira” não tem nada extraordinariamente diferente dos três primeiros livros da série, mas não me fez sentir como se estivesse lendo a mesma coisa exceto por pequenas mudanças. A trama de manteve interessada do começo ao fim, o que fez com que as páginas passassem muito rápido. O livro entrou para a minha lista dos que é difícil de largar uma vez que você já iniciou a leitura. O desfecho me deixou com o coração apertado e ansiosa pela sequência, que infelizmente só será lançada no ano que vem.
“Então, por favor, entenda que às vezes eu me pergunto se você é feliz.
— Eu sou feliz, Ahren. Sou a princesa. Tenho tudo.
— Acho que você confunde conforto com felicidade.”

6 comentários:

  1. Minha primeira visita com o layout novo e ele tá gatão viu <3
    Por mais que eu tenha passado muita raiva com a Eadlyn eu gostei dela e entendi algumas questões de sua personalidade, pois ela foi criada para ser a primeira Rainha de Illéa por nascença, só que os irmãos dela roubam a cena de tão incríveis que são! E a leitura do livro que é devorante?!

    Blog: Dei um Jeito

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    1. Que bom que gostou o// Siim, Eadlyn é incompreendida e as vezes até fiquei com pena dela. A leitura é realmente rápida. Me perdi na história e quando vi, lá se foram todas as páginas. =D

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  2. Adorei a resenha. Ouvi muitos dizerem que a Eadlyn é chata e como eu odeio esse tipo de personagem desisti do livro. Sua resenha me deixou com vontade de ler e agora acho que tenho que comprovar por mim mesma.

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    1. Não desista Alena. Eadlyn é um pouco mimada, mas é também incompreendida e acho que ela só tende a melhorar.

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  3. Ainda não o livro, mas quero muito. Estou lendo A Elite, porque resolvi reler a série toda de uma vez só. Ruim vai ser terminar A herdeira e ter que esperar pela sequência, já que todos dizem ficarem agoniados com o final desse quarto livro.

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    1. Eu também espero pela sequência, porque esse final foi mesmo torturante. Não resisti ter esperar até 2016 e agora tenho que aguentar a curiosidade na marra.=S

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