domingo, 18 de outubro de 2015

[RESENHA] "TENTAÇÃO AO PÔR DO SOL", DE LISA KLEYPAS

Nome: Tentação Ao Pôr Do Sol
Autora: Lisa Kleypas
Série: Os Hathaways #03
Editora: Arqueiro
Onde ComprarBuscapé
Poppy Hathaway está em Londres para sua terceira temporada de eventos sociais. Como nos dois anos anteriores, ela se hospedou com a família no hotel Rutledge. E, como nos dois anos anteriores, tudo indica que retornará a Hampshire sem ter encontrado um pretendente com quem se casar.

Apesar de ser extremamente bonita e gentil, Poppy tem duas grandes desvantagens em relação às outras moças: sua inteligência deixa muitos homens acuados e o fato de vir de uma família tão pouco convencional faz com que os melhores partidos nem sequer a abordem.

Mas o destino a coloca no caminho de Harry Rutledge, um homem de passado triste, que venceu na vida por conta própria e aprendeu a encarar tudo como um negócio. O dono do hotel não ama ninguém, confia em poucos e manipula todos. Porém, mesmo sendo tudo o que Poppy nunca almejou, ela não pode negar o fascínio que sente por ele.

Quando Harry conhece Poppy, é tomado pelo desejo. Ele imediatamente tem a certeza de que a jovem será sua – e, para o bem ou para o mal, não mede esforços para que isso aconteça.

Mas fascínio e desejo não serão suficientes para construir sua história, sobretudo quando uma traição põe em jogo as bases do relacionamento. Agora, é entre quatro paredes que eles tentarão resolver problemas e anular diferenças, num romance sensual em que seu futuro juntos pode mudar a cada toque, cada encontro, cada descoberta.


Resenhas | Série “Os Hathaways”


  


Poppy é, sem sombra de dúvida, a mais equilibrada dos irmãos Hathaways. Apaixonada com a família, bela e inteligente, tudo que ela deseja agora é casar. Aos 26 anos e com três temporadas fracassadas em Londres, ela percebe que o tempo está correndo e que precisa se casar rápido. E em sua mente e coração, quem ocuparia o cargo vago de futuro marido seria Michael Bayning, um rapaz sensível e amável com quem Poppy trocava cartas e por quem era apaixonada. Porém, um pequeno detalhe estava impedindo os dois de se unirem, que era o pai de Michael, pois ele não aprovaria o casamento pela diferença de classe entre os Hathaways e os Bayning. Sempre otimista, ela acreditava que os dois conseguiriam convencer o conde a deixar o casamento acontecer, apesar dos Hathaways estranharem o modo como Michael escondia Poppy, ao tentar ao máximo não ser visto com ela em público.

Hospedada no Hotel Rutledge, um dos melhores de Londres com sua dama de companhia, Srta. Marks, e Bea, sua irmã mais nova, Poppy aguarda a temporada acabar para voltar para casa. Entretanto, um dia Dodger, o furão de Bea, pega uma das cartas de Michael a Poppy e sai com ela pelo Hotel, causando o desespero de Poppy ao perseguir o furão. E para horror dela, um homem a encontra nessa situação constrangedora. Jay Harry Rutledge nunca teve nada negado a si em sua vida. O que quer que desejasse, ele já conseguia antes mesmo de perceber que queria. E ao encontrar Poppy, foi tomado por um interesse e desejo incontrolável. Ao recuperar a carta de Poppy, ele decide fazer o que faz melhor: manipular as pessoas e conseguir o que queria. E dessa vez, ela era o alvo de desejo de Harry.

Ao descobrir toda a manipulação de Harry para tirar Michael da jogada e fazê-la casar-se com ele, Poppy jura nunca amá-lo. Porém, apesar do temperamento difícil e de todos os seus defeitos, Harry é um homem diferente, que sempre surpreende Poppy e que a deixa indecisa entre confiar novamente nesse homem que a enganou ou odiá-lo e abandoná-lo. Já Harry sabe que o que sente por Poppy é novo, apesar de não saber lidar com sentimentos. Uma certeza ele tinha: jamais se desculparia por ter enganado Poppy, pois ele a queria a qualquer custo. Entretanto, quanto mais tentava se aproximar dela, mais confusão e briga causava. Cansada dessa situação, Poppy toma uma decisão e usa as artimanhas de Harry: decide manipulá-lo e salvar seu casamento.
" Seu talento de induzir as pessoas ao sono era tão grande que nem Harry resistira. Cuidadosamente, ela deixou o livro de lado. Era a primeira vez que podia observar o marido com tranquilidade. Era estranho vê-lo tão desarmado. No sono, as linhas de seu rosto ficavam relaxadas e quase inocentes, diferente da sua habitual expressão de autoridade. A boca, sempre tão determinada, parecia macia como veludo. Era como olhar para um menino perdido em um sonho solitário. E Poppy quis proteger o sono de que Harry tanto precisava. Teve vontade de cobri-lo, mas apenas afastou de sua testa uma mecha de cabelos escuros.

 Vários minutos se passaram, um tempo em que o silêncio foi perturbado apenas por sons distantes da atividade no hotel e do movimento na rua. Até então Poppy nem sequer percebera que precisava disto: de tempo para contemplar aquele estranho que se apoderara de sua vida. Tentar entender Harry Rutledge era como decifrar o complexo mecanismo dos relógios que ele montava. Seus olhos podiam ver e examinar cada engrenagem e peça, mas isso não significava que você conseguiria compreender o que fazia o relógio funcionar."
Esse é, com certeza, meu livro favorito da série, e só tenho um simples motivo para justificar isso. Aprendi algo essencial com um pensamento de Poppy, algo que ela compreendeu e me ajudou a fazer o mesmo, e vou compartilhar com vocês aí embaixo. Não vou falar mais sobre os personagens, mas algo que acredito ter ficado nítido é que, mesmo com muitas diferenças, um era aquilo que o outro precisava, e isso para mim é mágica. Raro de encontrar, porém maravilhoso de ver acontecer. Depois de Win, Lisa Kleypas me surpreendeu com a sequência surpreendente da história e ao me apresentar a narrativa mais diferente da série, mas também a mais perfeita. Fora que encontrar os personagens dos livros anteriores e ter um pequeno spoiler do próximo é um bônus maravilhoso.

Ao ler tentei imaginar como alguém consegue ser tão confiante como Poppy, porque eu sou a pessoa mais "desconfiante" da vida. Acredito ser uma decisão muito difícil confiar e entregar completamente a alguém seu coração. E Harry, apesar de ser considerado o "vilão", é um personagem que entendo e quem conquistou meu coração. Vejo nele a reprodução viva da música do Ed Sheeran, "Give Me Love". Dê uma chance a pelo menos esse livro da série, sem dúvida que você vai gostar. Quanto a editora, só tenho elogios a tradução impecável e à capa que é a mais fiel da série. Espero que amem como eu amei e o próximo é, com certeza, o segundo melhor livro: a história do Leo!

PS: Não encontrei palavras para descrever o que aprendi com esse trecho. Foi uma daquelas lições que você decifra depois de muito tempo tentando entender, e que não sabe colocar em palavras e explicar para outras pessoas. Mas espero que você mude sua visão, e enxergue e aceite a verdade de cada pessoa que você ama. Ter essa compreensão muda muita coisa.
" Havia se apaixonado por um príncipe, mas acabara nos braços de um vilão. E seria tudo mais fácil se continuasse vendo a situação nesses termos simplistas. Porém seu príncipe não chegava nem perto de ser perfeito como parecia... e o vilão era um homem atencioso, de sentimentos intensos.

 Finalmente ficava claro para ela que amor não tinha a ver com encontrar alguém perfeito para casar. Amor era enxergar a verdade da pessoa e aceitar todas as suas nuances, o bom e o ruim. Amar era uma habilidade. E Harry a tinha em abundância, mesmo que ainda não estivesse preparado para aceitar isso."

4 comentários:

  1. Olá,
    Adorei a resenha.
    Quero muito ler essa série.
    Beijos
    www.estilogisele.com.br

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    1. Muito obrigada!! É muito importante para mim ver que quem lê gosta! Fica ligada que tem mais resenhas dessa série vindo! Muito obrigada :)) beijos, Isa ;)

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  2. Oi...

    Adoro essa série. Esse também é o meu favorito de todos. Os protagonistas me tocaram profundamente também..

    Parabéns pelo blog!

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    1. Amo quando se identificam comigo, sério! Sinto como se fosse menos doida haha quem sabe não temos um sorteio por aí da família Hathaway?! Obrigada e beijos :))

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